Olá, fisioterapeuta do sono!
A análise da curva de fluxo respiratória durante o uso do CPAP no tratamento dos distúrbios respiratórios do sono é fundamental para delinear o tratamento e perceber muitas situações que podem estar acontecendo durante o sono.
Todo fisioterapeuta do sono deve saber interpretar as curvas de fluxo e propor soluções a partir da história que elas vão nos contar. Saber diferenciar a natureza dos eventos respiratórios em centrais ou obstrutivos é primordial para a condução do tratamento com pressão positiva.
Mooney, AM.et al. mostraram que o achatamento da curva de fluxo inspiratória, decorrente da diminuição do pico de fluxo inspiratório, que gera aumento da resistência da via aérea, é ocasionado por um evento de caráter obstrutivo na grande maioria das vezes, como as hipopneias obstrutivas, por exemplo.
Em contrapartida, nas hipopneias nas quais a limitação de fluxo não é observada, está redução pode ser um indicativo de obstrução a nível de via aérea superior gerando uma diminuição do lúmen da faringe, ou por um componente central a nível de centro ventilatório.
Partindo deste ponto, como fazer a diferenciação destas hipopneias? Este estudo propõe que o formato da curva de fluxo com aumento do tempo inspiratório se traduz em aumento da resistência e, portanto, pode ser entendida como um evento de caráter obstrutivo. Nestes casos, muitas vezes é necessário aumentar a pressão de CPAP, ou corrigir o vazamento não intencional, para correção destas hipopneias. (Mooney, AM. et al. J of Clin Sleep Med, 2012;8(2):177-185)
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